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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Protesto Brasília

No dia 04 de Outubro de 2011, alunos, professores e técnico-administrativos dos Institutos Federais de todo o Brasil foram até a capital protestar, já que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de Miriam Belchior, se recusa a negociar com a categoria. O protesto terminou com o bloqueio da avenida em frente ao Palácio do Planalto.

A ida
Saíram três ônibus do Espírito Santo, foram cerca de 120 pessoas entre alunos e professores do IFES. A caravana foi divida em campi do Norte, Campus Vitória e Serra, e Aracruz e Cariacica. Fui na última.

A caravana Vitória-Serra e Aracruz-Cariacica sairia da Praça dos Namorados às 7h 30min, mas os ônibus atrasaram. Depois de 2h esperando um dos ônibus chega, não era o da minha caravana. Mesmo assim todos embarcaram até a garagem da empresa em Itacibá onde as caravanas se dividiram e seguiram em seus respectivos ônibus. Esse seria o primeiro e menor dos problemas que enfrentaríamos.

A viagem foi tranquila até uma cidadezinha de Minas Gerais, onde um aluno de Aracruz passou mal e foi levado a um hospital. Ficamos 1h e 30 min esperando ele retornar. Seguimos viagem e na BR-040, na altura de Belo Horizonte, um acidente aconteceu e se formou um longo congestionamento. Nessa “brincadeira” ficamos parados por 3h. Depois disso foi tudo normal até a chegada a Brasília.

A morte da educação pública
Chegamos a Brasília por volta de 12h e 30min e desembarcamos em frente ao Congresso Nacional. Seguimos então para o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e lá acontecia à primeira manifestação do dia, a pequena.

Depois do almoço, todos reunidos em frente à Catedral, recebemos informações de como seria a manifestação. Instruções recebidas, fomos à luta.


A primeira parte do protesto foi uma “marcha fúnebre” até o gramado do Congresso. Fomos caminhando com faixas com os dizeres: “Pela falta de negociação, morreu a educação” e cartazes com “10% do PIB pra educação”. Diversas cruzes e balões pretos também fizeram parte da manifestação.

Chegamos a frente ao Congresso e soltamos os balões e logo em seguida fincamos as cruzes no gramado. Foi decretada a morte da educação pública.




Da frente do Planalto, não saímos!
Deixamos as cruzes lá no gramado do Congresso e saímos em passeata novamente. Passamos pelo STF e pela Praça dos Três Poderes e sentamos no asfalto em frente ao Palácio do Planalto, e só sairíamos de lá se alguém do Palácio viesse negociar.

Ficamos ali sentados muito tempo, gritos de guerra de todos os tipos foram ouvidos e o Hino Nacional cantando duas vezes, foi lindo de se vê/ouvir. Mesmo o indicativo de chuva não afastou os manifestantes.







Depois de duas horas de manifestação, finalmente o anúncio de que oito pessoas do Comando Nacional de Greve iriam entrar no Palácio em uma reunião. Foi uma vitória da guerra.

Liberamos a avenida e seguimos de volta para casa.

Conclusões 

A volta aconteceu tudo tranquilamente, sem contra tempos e tudo na normalidade, graças a Deus.

Pude ver nesse protesto que a juventude estudantil brasileira ainda é forte e pode conseguir muitas coisas em prol da população, só falta força de vontade. Foram umas 400 pessoas na manifestação, mas poderia ser muito mais.

Todos que foram estão de parabéns! Saíram de seus estados, viajaram mais de um dia, enfrentaram dificuldades, mas mesmo assim estavam ali com disposição e vontade, pois, quem falou que vida de revolucionário é fácil?

2 comentários:

  1. Parabéns, não podia esperar mais do nosso governo, que se faz quase que indiferente a nós, mas que nossa luta continue. Foi lindo o movimento de vocês.

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  2. Parabéns a todos que estão mobilizados de alguma forma no movimento grevista. Estas experiências certamente trarão amadurecimento na participação das decisões políticas em nosso país.
    Abraço
    Prof. Yuri

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